Eça é que é essa!
Nada contra os escritores mortos. Bem pelo contrário. Não amar a obra de Fernando Pessoa, por exemplo, é quase o mesmo que dizer que não se gosta de ler livros em português, ou melhor, é o mesmo que dizer que não se gosta de ler nada. Mas o Eça...e os Maias do Eça...sejamos honestos, a maioria de nós quando o leu na escola não gostou. Vomitou-se para cima dele. O Eça não é o meu escritor preferido, como se pode facilmente notar, mas o problema não é ler o Eça. O problema é ser-se obrigado a lê-lo quando se tem 16 anos. Reconciliei-me com o Eça já tinha os meus 20 e poucos, e aprendi duas coisas sobre o Eça: A primeira, é que é preciso querer lê-lo. A segunda, é que é preciso ter paciência para lê-lo. Coisas que numa idade tão precoce não estão ali à mão de semear. Posto isto, não fico chocada que se tire uma obra tão complexa quanto os Maias das leituras obrigatórias nas escolas. Além do mais, descansemos. O Eça continuará a ser lido. Ao professor cabe...