Fim de Primavera
E então, veio a velhice sobre o meu corpo
Quedou-se nas minhas veias, nos meus olhos
E a vida que agora é grande, sabe a tão pouco
A tantas teias, tantas cercas, tantos folhos
Que então, não voltei a florescer
Sou uma rosa em fim de primavera
Cuja vida torna ainda a acontecer
Mas jamais será como ela era
Aceito docilmente que a noite tombe
Que sobre os meus ombros se deleite
Que as auroras as deixei, não sei bem onde
São hoje, nos meus sonhos, puro enfeite.
Ana Kandsmar
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